segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Clarice, sempre Clarice!

          Todos nós já ouvimos falar, nem que seja só de nome, desta famosa, vislumbrante e incrível mulher e escritora Clarice Lispector, aquela escritora que revolucionou a Literatura Modernista com um estilo único e com uma intimidade inacreditável com as palavras.
        
          Dona dessa e muitas outras frases famosas como: (Vou aproveitar um vídeo lindíssimo que achei no youtube!!)




E muitas outras... (Se eu colocar todas que eu amo aqui, nunca vou acabar esse post!! rs)

"Clarice, ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, ela costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que seus textos confessionais possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.
          Para saber mais sobre Clarice: Clique.



          E um dos seus melhores contos (na minha humilde opinião) é o Felicidade Clandestina LEIA AQUI, no qual ela traz a linguagem intimista e o estilo absolutamente pessoal. Nos dando inúmeras interpretações diferentes de seus personagens e também da história em geral, alguns críticos acreditam que este conto poderia ser um dos seus escritos autobiograficos da escritora. O que você acha?!

        Para terminar este post, deixo esse poema da Clarice Lispector que, de uma forma muito intima, me vi descrita nas linhas abaixo. Deixo o texto para voces refletirem.

"...Porque eu me imaginava mais forte.
Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado:
pensava que, somando as compreensões, eu amava.
Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. "

"...Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.
É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade
ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda..."

"...E é porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando.
É porque sempre tento chegar pelo meu modo.
É porque ainda não sei ceder.
É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria e não o que é.
É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele...

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